segunda-feira, 2 de março de 2009

Baile à fantasia


O Sol se expande.
Os olhos de antes de ontem
Já não são capazes de ver a essência
Do que se sente hoje,
neste girar lento
E nauseante
Do planeta Guerra.
E a gente gira
Num giro a morena é só samba
É só samba no pé
Ela é samba, ela é bamba, ela é o que quer.
Ela está pro que der, ela está pra quem der,
Ela está pra quem der...
Pra quem der e vier.

Eu não sou nada
E é esta a minha vantagem
De quem nada tem, não se espera um vintém
Do que não se teme é que brota a coragem.
A morena é minha por decreto
Meu amor é mesmo ditatorial
Sanciono as leis do bem-viver quieto
Folheando a toa as páginas do jornal.

O Carnaval já acabou, meu amor,
O planeta girou como a porta-bandeira
Mestre-sala em soluços
Mendigos angustiados
Todos doentes do dia-a-dia.
Mas Deus escreve certo por linhas tortas
Um dia a mais e a gente morria.
E a gente morreu, e a gente cedeu,
Agora é lutar por mais um longo dia
Que um dia a gente se encontre de novo:
Alegres mascarados no baile à fantasia.

Um comentário:

  1. Laio!!!! Vc sabe que eu sou fã de td que vc escreve, mas esse poema supera tudo que já li seu. Perfeito!!!!

    Hehehehe, sobre meu post no blog, nas minhas próximas reflexões talvez vc consiga entender o que escrevi. A janela, na verdade, não é metafórica, mas personificada. Ixi...piorou, hahahahaha!

    Virei fã e seguidora, filhote!!! Saudades ;P

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