quarta-feira, 4 de março de 2009

Um passo em falso


Um passo em falso.
Invocam-se as sombras,
Fantasmas do que fora
A minha feliz existência.
Já não sou novamente
a velha pedra empoeirada
para a qual os caras acenam sem surpresa.
A minha cara agora é feita de madeira.
Brinco de descobrir os desenhos das nuvens.
Do alto desvendo os mistérios da laranjeira.
Revejo da infância o que levo comigo
E me calo no hoje portando a origem
Da grana que saco, do soco de levo,
Do sonho sustado e daquilo que digo.

O mocinho ofendeu a mocinha.
A fera curou a ferida.
A mocinha beijou o bandido.
A verdade se encontra fendida.
A fissura profunda nos joga no abismo.

Nos sonhos sombrios da noite passada
Já não vejo de novo a mesma saída.
Daí vem então acalmar a cilada
Poesia:
O flerte da morte na vida.

2 comentários:

  1. Não sei pq, mas me surpreendi com esse teu último post, nunca tinha lido nada que vc tivesse escrito nesse estilo e devo dizer que tá de parabéns, quem me dera escrever bem assim.

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  2. muito bom cara... n disse q comentaria. aos poucos vou lendo. agora terei mais tempo. esse ai eu gostei

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